Caboclinhos de Turmalina
O Grupo
Folclórico Caboclinhos de Turmalina existe há mais de 50 anos sob a liderança
da família Viana. Foi iniciado com o Senhor Zé da Viana e hoje é conduzido por
seu filho Ildeo Viana.
Os Caboclinhos são presença
marcante na Festa do Divino de Turmalina. O mês de julho sem os Caboclinhos
certamente não tem o mesmo sabor.
A
Dança dos “Caboclinhos” é uma das maiores representações de Turmalina. A dança
é apresentada por um grupo de crianças e pré-adolescentes representando os
índios, esses apresentam coreografias em ritmo marcado pelo estalido de uma
espécie de arco e flecha de madeira.
Em
tempos longínquos se vestiam de folhas de coqueiro e se mascaravam. Chegavam de
surpresa no momento do levantamento do mastro, dançavam e se comunicavam num
dialeto indígena, e desapareciam evitando o reconhecimento. Com o grupo de
índios dançavam, ainda, o cacicão, o papai-vovô e a mamãe-vovó. Atualmente, o
grupo é um pouco diferente, pois os integrantes se vestem com saiotes
vermelhos, enfeitados com penas coloridas. Entretanto, são mantidos alguns de
seus traços principais.
No
final de cada apresentação, quando fazem a “trança do cipó”, erguendo no alto o
“caciquinho”, pequenino e vestido de penas, os caboclinhos saem às ruas pedindo
patacas. Segundo a tradição pataca quer dizer dinheiro, e o dinheiro é para
levar para a índia-velha comprar fumo. Os componentes são crianças, estas
geralmente com faixa etária entre 7 a 12 anos, o dirigente e seu ajudante e o
violeiro. Os dois últimos caboclinhos de cada fila são o Trinado e o Ziaque.
Eles são chamados pelo dirigente na hora de iniciarem as evoluções.
Deus te salve
Casa Santa,
onde Deus fez a
morada (bis)
onde mora o
Calix Bento
e a Hóstia Consagrada (bis)
O
chefe dança e grita: Catatumba! Os caboclinhos, ao dançar fazem a trança de
cipó. Dançam mais uma vez, cantando:
E depois d’ele
pegado, (bis).
É pra dar pro caciquim, (bis).
Pegam
o caciquinho, colocam-no sobre a trança de criança (arapuca) e, jogando-o para
cima, cantando:
Este é o nosso
caciquim, (bis)
Nós devemos
adorar. (bis)
Todos eles tão
dizendo (bis)
Nós devemos
adorar (bis)
E
assim por diante. Os caboclinhos desmancham a arapuca, sempre cantando e
dançando. O dirigente chama o Trinado e o Ziaque, um passa por dentro, outro
por fora, sempre dançando, enquanto os guisos fazem um barulhinho. Os guisos
são amarrados à perna direita. É bom lembrar que cada caboclinho tem o seu arco
e a sua flecha. Ao terminar as evoluções, eles saem às ruas gritando: “Pataca-urucum”.
Se a pessoa não der dinheiro, leva uma flechada.
A
indumentária dos caboclinhos é composta de saiotes de penas (penas de ema e de
outras aves) e tangas por baixo; lantejoulas, espelhos, vidrilhos, cipós
(substituídos atualmente por mangueiras plásticas). Os adereços de cabeça são
compostos por cocares, decorados com penas e lantejoulas.
Os
Caboclinhos apresentam-se descalços, lembrando os índios. Do lado esquerdo da
imagem, podemos notar a presença do cacique (ou cacicão), esse é responsável
pelas coreografias e representa o centro das atenções dos demais.
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